Quanto vale um veterinário?

(pelo Dr Alejandro Paludi, trecho do texto extraído da revista mundo animal de estimação numero 73)
A imagem do veterinário é sempre a mesma, as pessoas sempre dizem a mesma coisa quando perguntam o que você faz? você diz: Eu sou veterinário(a) com um suspiro quase imperceptível, uma mulher pode dizer "oh que bonito ..." ou então dizem: "Eu também queria estudar medicina veterinária, mas ... então ...) Bem, há uma série de desculpas que variam de muito sofrimento dos animais, porque os outros fizeram sua cabeça, porque se casou, etc. As pessoas geralmente têm o hábito de associar a imagem do veterinário a uma boa pessoa, incapaz de ficar com nojo, trabalha 24 horas por dia cuidando da saúde de centenas de animais que sofrem, que nunca dormem, que sabem de tudo. "Diga-me doutor veterinário quantas vezes um morcego faz amor em climas frios, ou que inseto picou meu filho? Ou porque os golfinhos desapareceram da costa?"
Dúvidas sobre o reino animal um veterinário deve ser capaz de responder todas e se você respondeu "Olha, eu não sei" Em seguida, a resposta é ... "Mas você não é veterinário?". A imagem do veterinário está sempre rodeado por magia, uma boa imagem, uma pessoa que quando recebeu o título, ganhou um lugar no céu.
Mais de uma vez na minha clínica, aconteceu de a pessoa trazer seu animal de estimação e depois de fazer consultas longas ou curtas de acordo com o que eu precisava, a pessoas pergunta: "Te devo algo doutor? Por que como sabe eu não tenho dinheiro" ou "só trouxe para pagar a tosa" ou "Eu pensei que não iria cobrar a consulta"
Nunca me ocorreu passar por um caixa de supermercado e perguntar ... Como você vai me cobrar esse açúcar? Se é barato porque não me dá de presente?
Em contrapartida se o veterinário torna-se firme e quer cobrar seus honorários os comentários dos clientes são: "Você é um mercenário porque Fulano faz o mesmo serviço por 10 reais, ou o Sr é muito careiro... Isso quando não tem que escutar que uma amiga/vizinha consegue curar a enfermidade que você diagnosticou com alguma mistura estranha ou simpatia, intoxicam o animal e te chamam as duas da manhã para atender a emergência, e ainda escuta, " não vou acertar hoje porque saí sem dinheiro..."
Quanto vale para você um bom veterinário?
Quanto vale pra você o seu animal de estimação? Se o seu pet tem um lugar importante em sua vida, o valor do seu veterinário aumenta. Um veterinário é uma pessoa que estudou em uma universidade, não menos do que 5 anos, muitos deles fizeram algum tipo de especialização, muitas conferências e cursos de formação, muitas horas de dedicação diária e sacrifício e por vezes uma hora em seu consultório custa menos do que 2kg de carne.

Um médica veterinária Doente

Ao lado de bombeiros e astronautas, ser médico veterinário é algo que passa pelo imaginário de muitas crianças. Este ano essa possibilidade foi dada ao maior número de alunos de sempre: cerca de 500 vagas para o concretizar de um sonho laborioso. O futuro Caloiro esfrega as mãos pensando que é fartura toda esta vaga, mal sabe ele quanta fome vai passar.
França tem 65 milhões de habitantes, mas em 2012 formou apenas 697 médicos veterinários (1). O Reino Unido tem 63 milhões, mas em 2011 formou apenas 833 (2). O que andamos nós então a fazer no nosso Portugal de 11 milhões com tanta vaga? Bem, das 6 faculdades (mais Açores) 2 são privadas e quanto mais alunos formarem melhor. O Ministério da Educação não regula vagas e a bastonária da nossa Ordem é também diretora de uma dessas escolas privadas (3), ou seja, o privado pode formar às pazadas e nem um exame de acesso à Ordem para triar o trigo do joio.
As públicas estão financeiramente estranguladas e tentam fazer magia contabilística: aumentar o número de alunos, receber mais verbas do Estado porque têm mais alunos mas continuar a investir o mesmo do que quando tinham menos alunos. Que se dane o Caloiro no laboratório apinhado, que se dane a classe que já tem mais médicos veterinários do que devia e que se dane o Estado com a sua austeridade, o que interessa é salvar faculdades de que nem sequer precisamos.
Mas o Caloiro entra no curso. Paga propinas, fustiga a massa cerebral com as matérias, disciplina os sentidos nas necropsias e mexe em todo o fluido biológico possível e imaginário até saber sobre animais grandes e pequenos, com pelo ou escamas, vivos ou mortos, comestíveis ou não. Ao fim de 5 anos aprendeu a enfrentar cornos, garras, coices e dentadas, mas nada o preparou para o mercado de trabalho.
É o Aluno que escolhe onde estagia, mas as condições não estão regulamentadas, são decididas pela boa vontade do médico veterinário que o recebe. Assim, geralmente o Aluno dá por si a trabalhar numa zona totalmente obscura da regulamentação laboral: ele é estudante e não remunerado mas, oh Deus, trabalha como se estivesse em plena revolução industrial. É cada vez mais comum encontrar colegas que simultaneamente e sistematicamente fazem mais de 60 horas semanais, têm 4 dias de folga por mês, não têm folgas ao fim de semana, fazem noites, urgências depois de 12 horas já trabalhadas, fazem noite e entram de tarde no dia seguinte e trabalham 12 dias consecutivos. Parece o Oeste selvagem, mas ainda menos pedagógico! É uma mão-de-obra tão boa que há já estabelecimentos médico-veterinários cujo normal funcionamento depende da presença de estagiários. Mas o Aluno aguenta, desespera de vez em quando, mas aguenta: ele aprendeu que afinal o animal é ele.
Quando defende a tese de mestrado e sai para o mercado de trabalho este Médico Veterinário já está amestrado. O mercado está saturado, o oportunismo está ao rubro e os colegas de profissão com funções patronais não têm vergonha na cara. A única solução de trabalho é um estágio profissional onde o investimento de 6 anos de curso é recompensado com 691 euros mensais (4), dos quais o Instituto de Formação Profissional (IEFP) paga 80%(5). E quem é que não quer empregar um médico veterinário por pouco mais de 140 euros/mês? Até já se despedem médicos veterinários com experiência para os substituir por estagiários profissionais. O IEFP exclui médicos e enfermeiros destes estágios, mas ninguém se lembrou dos médicos veterinários com os seus turnos e urgências (6). É que nos termos esclavagistas que nos oferecem temos colegas que ganham 2,21€/hora , outros 3€/hora e por ai, sem direito a férias ou subsídios.
Mas não basta pagar pouco, não, é mesmo preciso trucidar o código legal do trabalho: lá para os lados do Cacém trabalha-se 70 horas semanais sem receber mais por isso (7)(8), na margem sul os estagiários profissionais só fazem noites e não existe o conceito de trabalho nocturno (9), em Lisboa o estagiário não pode aprender cirurgia porque pode vir a ser concorrência, há sítios onde há 4 folgas por mês mas em duas dessas folgas tem que se comparecer no local de trabalho para a reunião de serviço, 12 dias consecutivos de trabalho é o pão nosso de cada dia (10) e no Norte um hospital faz bandeira de ter uma equipa tão jovem e organizada que está sempre “pronta a abdicar da sua vida pessoal em prol de um serviço cuidado e completo”. Tudo isto acontece em todo o lado na vida de clínicos recém-mestrados que sabem ter o seu trabalho demasiado descartável para terem coragem de se insurgir. Tudo isto acontece em todo o lado e bem nas barbas da Ordem dos Médicos Veterinários que coloca placas bonitas com o seu nome em estabelecimentos que pisam a dignidade da profissão (a tal que vem no art.º 24 do nosso código deontológico).
A vida não está fácil para este clínico recém-mestrado para quem o estágio profissional só dura um ano. As propostas que encontra são degradantes, mas parece que há sempre alguém idiota ou desesperado o suficiente para trabalhar ainda mais e ganhar ainda menos. Que sociedade triste esta que o obriga a escolher entre ser veterinário ou ser feliz.
(1)http://csovsite.yoocan.fr/…/798_Stats%20Rapport%20annuel%20…
(2) http://www.rcvs.org.uk/publications/rcvs-facts-2012/
(3) http://fmv.ulusofona.pt/
(4) Diário da República, 1ª série – nº115 – 18 de Junho de 2013 - Artigo 12.º
(5) Diário da República, 1ª série – nº115 – 18 de Junho de 2013 - Artigo 15.º
(6) Diário da República, 1ª série – nº115 – 18 de Junho de 2013 - Artigo 1.º
(7) http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_005.html#L005S02
(8) www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_005.html#L005S07
(9) http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_005.html#L005S06
(10) http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_005.html#L005S08

Não há maneira de escapar:

Tudo puta! Já começam desde pequenas, na escola mesmo... Ao invés de irem estudar, iam fazer o quê? Beijar na boca atrás da escola, matar aula para ir pra casa dos amiguinhos... O que elas são? Putas! Mas não você, Juliana. Você não ficava se esfregando com meninos, se dava ao respeito. Só namorou de forma decente, na presença de adultos, como se deve. Quando vcê não quis transar com ele, o príncipe terminou, furioso, e contou pra todo mundo as baixarias que "fazia" com você. O quê você é, Juliana? Puta, claro! Seu nome tá pixado no muro das ruas... Que vergonha! Mariana, ainda bem que você não é burra como ela, de perder tempo com canalha. Você soube escolher, né? Namorou seu melhor amigo, perdeu a virgindade com ele, tudo muito lindo e romântico. Até que engravidou com 15 anos. O que você é Mariana? Uma puta burra. O problema dessas meninas é que não se dão ao respeito. Não são como você, Carol, que é da turma, da galera, anda de skate com os brothers, ouve rock, ri dessas "minas" idiotas que eles pegam. Ah Carol, mas andar no meio de um monte de homem é coisa do quê? De puta ou lésbica. Só você que não sabia? Tá todo mundo falando! Ainda bem que você, Aline, não tem tempo pra essas coisas. Nunca vi menina boa assim... Só estuda, só tem amiga menina, frequenta a igreja, vai casar virgem, com o primeiro namorado, só depois de formada. Se depois de casada, como o Senhor ordenou, vocês quiserem tirar fotos pra apimentar a relação, tudo bem, né? Dentro dos laços sagrados de confiança do casamento é diferente, não é como essas piranhas que saem se expondo em público! O moço da assistência técnica achou as fotos e publicou na internet... Já sabe o que você é né, Aline? Uma puta! Uma piranha que envergonhou a família, ainda por cima. Os amigos do teu pai estão batendo punheta nesse momento com a tua foto, Aline. Você é uma puta! Que vergonha! Nunca imaginei... Antes fosse um muro pichado na adolescência, Aline! Você não cai nessa né, Fernanda? Imagina, tirar foto pelada ou fazer vídeo... Hahaha Tá pedindo, né? Você é mãe de família, nem pensa nessas baixarias. Vive para os filhos e o marido! Nem precisa trabalhar... Soube escolher um homem bom. Até que, depois de 12 anos, o casamento desaba porque você deixou de ser interessante. Simplesmente seu marido se apaixonou por outra mais bonita, independente e que usa batom vermelho (coisa que ele sempre reclamou que você usasse). O motivo do término? Não importa! Divorciada e mãe solteira é o que, Fernanda? Puta, óbvio! Para os outros, você deve ter feito algo muito ruim para um homem desses não te querer mais! As amigas não vão querer você perto dos maridos delas, né? Com razão! Se vocês, Juliana, Mariana, Carol, Aline e Fernanda, ao menos se espelhassem na dona Maria... Uma viúva, 63 anos de pura dedicação para a família e para o trabalho, que hoje agradece à Deus a morte do marido, pois vivia sendo espancada... Nunca soube o que era prazer, na vida! Acorda às 5 da manhã, todos os dias, pra trabalhar pra sustentar filhos e netos e nem tempo pra vaidade tem! Mas dona Maria sabe... A beleza da mulher é a sua virtude, né? Mas, voltando do trabalho, tarde da noite e exausta, dona Maria foi estuprada... Se vocês, Juliana, Mariana, Carol, Aline e Fernanda, se espelhassem na dona Maria... Ainda sim seriam putas! Será mesmo que dona Maria estava vindo do serviço, às 4h da madrugada? Mulher que anda essa hora na rua e com esse tipo de jeans é o que? Puta! Tem que se orientar! Devia estar se oferecendo pro estuprador! E você, que está lendo? É, já foi ou ainda vai ser? Não se espante quando te chamarem de puta! Todas somos, fomos ou seremos... Infelizmente, essa é a sociedade de merda em que vivemos. Por isso, faça o que te der vontade, na hora que te der vontade; pois fazendo ou não, na boca dos hipócritas você é, já foi, ou será uma puta!

Guia para as mulheres que viajam sozinhas:

Kelly Lewis tem 29 anos, escreve, sonha e viaja. Nasceu no Hawai, viveu em Nova Iorque e na Nova Zelândia, atravessou a América do Sul, viajou pelo Pacífico e um dia, em 2010, teve um sonho. Quando acordou lembrava-se do que tinha sonhado: um guia para mulheres que gostam de viajar sozinhas. Começou à procura de livros sobre o tema e não encontrou praticamente nada. Vai daí, criou a Go! Girl Guides (gogirlguides.com).
Hoje, o projeto dá emprego a 20 mulheres em todo o mundo e já fez que surgissem seis guias de viagens (Tailândia, México, Argentina, Londres, Nova Iorque e um especial de dicas essenciais). Os livros de Kelly e da sua equipa focam-se nas questões do voluntariado, segurança no estrangeiro ou cuidados médicos. Eis algumas questões a que os Go! Girl Guides respondem, de acordo com a sua autora, numa entrevista ao site grindtv.com.
Qual a maior ideia errada que se tem de mulheres que viajam sozinhas?
«A maior é a de que uma mulher estará sozinha em todo o tempo da viagem. Não é o caso. Os viajantes são tão próximos que é muito fácil fazer amigos, se estivermos abertas a essa possibilidade.»
Que artigos essenciais comprar antes de uma viagem?
«O meu número 1 é um sarong, que pode ser usado como toalha, vestido, almofada – as possibilidades são ilimitadas. Outros artigos são uma bandana, fita para o cabelo, pensos rápidos e antialérgicos.»
Qual o conselho para a mulher que vai viajar sozinha?
Primeiro deve começar a viagem dentro do seu país, só depois para os países vizinhos.»
Quais as melhores dicas para antecipar as questões relacionadas com a higiene?
«Se viajar para qualquer país em vias de desenvolvimento, leve os seus próprios tampões. Pode ser muito difícil encontrá-los. Com os contracetivos, a mesma coisa. Na dúvida, é melhor levar de casa.»
Quais os maiores perigos reais para uma viajante solitária?
«Infelizmente vivemos num mundo onde as mulheres têm de recear o perigo de serem atacadas sexualmente. A melhor forma de estar a salvo é estar atenta, falar com toda a gente, fazer-se notar. Limitar o álcool e evitar as praias à noite.»
Retirado de: http://www.voltaaomundo.pt/2015/11/12/guias-para-mulheres-que-viajam-sozinhas/ 

Dicas para aumentar a produtividade:

1 - Tempo de cada semana para priorizar certas metas
2- Notificações durante o dia com as tarefas a fazer
3- Reuniões de apenas 20 minutos
4- Rotinas diárias rígidas
5- Foque-se no momento, não fazer muitas coisas ao mesmo tempo
6- Ignore o e-mail
7- Lide com apenas um assunto uma vez e depois pode focar-se noutro
8-  Escrever uma lista do que tem de parar de fazer
9- Não diga que sim a cada pedido.
10- Vale a pena dizer que não.
11- Fazer várias coisas ao mesmo tempo não funciona.
12- Mantenha as reuniões curtas.
13- Utilize aplicações de rastreamento de tarefas.
14- Torne uma prioridade ter tudo o que colocou na lista
15 - Tenha sempre um bloco consigo
16- Foque-se naquilo que é bom e concentre-se nisso
17- Utilize melhor o seu tempo
18- Calendário usado como diário em tempo real
19 - Use tecnologia do seu smartphone
20- Divida projectos grandes em partes mais pequenas
21- Primeiros 30 minutos dos dias para planear
22- Regra 80/20
23- Calendário de prazos para os projectos
24- 50% do tempo em actividades que produzam resultados
25- Enfrente tarefas mais complexas quando a sua energia esta mais alta.
26- O cérebro aprende
27- Boa dose de ar fresco e luz do dia
28 - Fazer pausas fundamental
 Retirado de: https://insider.pro/pt/article/45090/

Chris Wood works:

Girls (série 1 episódio)

The Carrie Diaries (série 6 episódios)
Major Crimes (série 1 episódio) 

The vampire diaries (série 16 episódios) 
Containment (série) 
Browsers (série 1 episódio) 



Série: Stranger things

  Comecei só a ver esta série depois de ter passado todo o fenómeno dela. A primeira temporada foi muito boa, segunda v de rajada mas a terc...